Lorenzo estreitou os olhos, sua expressão ficando ainda mais sombria:
— E nesse período, não notou nada de estranho?
Ademir balançou a cabeça:
— Não... Só depois da última briga com o senhor. Desde então, ele começou a ter fortes dores de cabeça.
O silêncio tomou conta do salão. A tensão no ar era palpável, e a postura de Lorenzo emanava uma sensação de perigo. Sentindo o peso da atmosfera, Ademir abaixou ainda mais a cabeça.
Depois de um longo momento, Lorenzo ainda não havia dito nada. Incapaz de suportar a pressão, Ademir finalmente levantou os olhos. Mas quando seus olhares se encontraram, ele viu a frieza cortante no olhar de Lorenzo. Sentindo-se exposto, desviou o olhar rapidamente:
— Mestre Lorenzo... Se não há mais nada, eu vou cuidar de outros afazeres.
— Pode ir.
Quando finalmente saiu do salão, Ademir sentiu um grande alívio. A pressão que Lorenzo exercia sobre ele era sufocante.
Enquanto isso, Lorenzo, sentado no salão, estava mais sombrio do que nunca. Pelas reações de tio