Capitulo 5 – Jantar

O jantar transcorre tranquilamente, mas havia algo que incomodava Siros mais do que tudo.

A jovem loira Wiccana não estava sendo sincera consigo mesma e ainda fingira não o conhecer e ele pôde farejar isso quase que no primeiro momento que bateu seus olhos nela.

Mas ele sabia só de ver o olhar de pânico dela, que ela o reconhecia.

E por isso, assim que se viu sozinho com a jovem wiccana antes de voltarem para a sala ele murmurou em seu ouvido.

- Você não deveria se esconder atras de sorrisos forçados e de uma personagem que não se encaixa com você, senhorita Griffin.

O coração de Zoe congela sentindo uma corrente elétrica a atravessar como uma caricia suave por todo o corpo dela.

Estar com Siros sempre a deixava nervosa e excitada, mas antes que ela retrucasse ao licano o que ele queria dizer, Siros saiu andando como se nada tivesse acontecido.

O que foi isso?

Era como... Uma corrente elétrica?

Zoe considera as palavras de Siros com o coração acelerado.

Ele... Se lembra?

Depois disso Zoe não conseguiu ficar sozinha com Siros e o jantar acabou.

Por meses ela não conseguia deixar de pensar no licano com quem havia saído anos antes e que parecia ter visto através dela.

Mesmo o elogiando ou jogando palavras provocativas sutilmente para tentar puxar conversa, enquanto demostrava que se lembrava dele, mas ele simplesmente a ignorou como se nem a conhecesse.

Zoe também usava de pequenos toques para chamar sua atenção, mas ele parecia uma rocha fria e isso só a fez se limitar a singelos olhares intensos que se fossem lançados a qualquer um, o faria derreter.

Qualquer um menos Siros.

Aquele beta era osso duro de roer.

Depois disso todas as vezes que ela se encontrava com ele, Zoe tentava flertar com ele, mas ele sempre a afastava se distanciando de seus avanços em total silêncio.

Zoe não conseguia entender o que acontecera com aquele amante quente e apaixonado que deixava suas pernas bambas.

Ele era o primeiro a resistir a seus encantos desde que se transformou na nova Zoe, mesmo depois de terem tido sua aventura anos antes.

Zoe passa meses tentando ao menos arrancar um olho arregalado ou um singelo sorriso do licano, mas ele mal lhe dirigia a palavra e isso a estava irritando constantemente.

Logo sua irmã Lua fez sua escolha e acabou se casando tanto com Damon quanto com Noahn, se tornando uma líder para o povo Wiccano e para o povo Licano.

Sem perceber três anos se passam num piscar de olhos desde que Lua, sua irmã mais velha, se casou com o rei Alfa Damon e o Lider do seu Coven, Noahn.

E agora Zoe já tinha até mesmo um belo par de sobrinhos, fofos e travessos.

Kyo com três anos e Kyara com dois.

Cada sobrinho puxou ao seu respectivo pai.

Com Kyo puxando a Damon com seus cabelos negros e os olhos azuis da mãe, e Kyara puxando a Noahn com cabelos avermelhados e olhos azuis na união perfeita de ambos os pais assim como com Kyo.

Sobre seus pequenos desafios, seus pais continuavam odiando, assim como seu irmão mais velho, Pietro.

Sua irmã mais velha Lua sempre tentava protegê-la, pois como uma empata, sua irmã sempre sabia de suas ideias de gerico, antes mesmo de que ela fosse fazer.

Mas mesmo assim Zoe conseguia sempre esconder o seu segredo, já que sua irmã tentava não ouvir os pensamentos da família.

Seus desafios na maioria das vezes a colocavam em problemas, mas Zoe não se importava, só queria se divertir e não pensar.

E se Zoe seguisse todas as regras de sua família ou de seu clã, estava frita ou na melhor das hipóteses, ficaria louca.

Agora já fazia algum tempo desde que descobriu que o Beta de seu cunhado, Siros era o gato com quem dormiu na cidade vizinha anos antes.

Além do Beta Siros, Zoe também conheceu o ômega Collin, um Gigante asiático bem simpático e animado.

Siros, apesar da sua aparência selvagem, era tudo o que seus pais desejavam que ela fosse.

Ele era Maduro, centrado, respeitoso, talentoso e muito mais.

O cara chegava a dar nos nervos de tão certinho, e olha que ele era o guitarrista da banda de rock do seu cunhado.

Eles eram de uma banda muito famosa no mundo todo, chamada Mystic Wolf.

E nesses longos três anos, Zoe nunca conseguiu fazê-lo responder aos seus avanços ou provocações, ou até mesmo sorrir de suas piadas ou brincadeiras.

Seria tão gratificante desestabilizar ele.

Zoe tentava concentrar-se na decoração de Natal, mas cada movimento de Siros parecia hipnotizá-la. Sem perceber ele permanecia parado na porta, observando, como se medisse cada gesto seu.

Mas como desestabilizar aquele cara?

Ah, senhor Siros como eu quero ver outras expressões em você de novo.

Nunca vi alguém tão estoico quanto ele nem parece aquele homem quente daquela vez.

Nem mesmo o meu irmão Pietro é tão frio assim.

—Você parece muito concentrada — disse ele, voz baixa e carregada de curiosidade, fazendo Zoe se assustar com sua repentina presença e engolir em seco ao vê-lo na porta.

O coração de Zoe disparou, e um sorriso travesso surgiu em seus lábios sem que percebesse.

Ah... Se ser gato fosse um pecado.

Ele já estaria condenado à prisão perpétua.

—Ah… é, sabe como é… a magia do Natal — respondeu, tentando soar casual, mas a própria voz traindo o nervosismo.

Zoe sorri maliciosa para o belo homem de 1,90 cm de altura, com os cabelos negros dele, caindo levemente sobre os olhos verdes e profundos.

Siros deu um passo à frente, e Zoe sentiu o ar ao redor deles ficar mais pesado, quase eletrizante. Cada gesto dele era preciso, medido, e mesmo sem falar muito, transmitia uma presença intensa e magnética.

Zoe pigarreia sentindo a bochecha queimar.

-Oi bonitão. Ah... O que o traz aqui? Se for sobre a minha irmã, ela ainda está com o cunhado Noahn.

—Sabe, você sempre tenta parecer tão confiante — murmurou ele, aproximando-se o suficiente para que Zoe sentisse o calor do corpo dele. — Mas sei quando algo está escondido.

Zoe sentiu um arrepio percorrer a espinha.

Ele a conhecia de uma forma que ninguém mais conseguia, e isso a deixou inquieta.

 Zoe sentiu um arrepio percorrer a espinha.

—Quem… disse que estou escondendo algo? — respondeu, tentando manter o tom provocativo, mas sentindo a voz falhar levemente.

—Os olhos não mentem — murmurou Siros, inclinando-se levemente, estudando cada expressão de Zoe. — E os seus dizem que há muito mais do que esse sorriso angelical quer mostrar.

Zoe mordia o lábio inferior, surpresa e excitada ao mesmo tempo. Aquela presença dominante e calma a desafiava de um jeito que nenhum homem jamais conseguira.

—Ah é? E o que você faria se descobrisse? — provocou ela, tentando manter a postura, mas sentindo a tensão entre eles aumentar.

Ele inclinou a cabeça, estudando cada nuance de sua expressão, como se fosse decifrar um enigma que a própria jovem não sabia existir.

—Talvez eu só observe… ou talvez eu teste se você é tão ousada quanto aparenta — disse, a voz grave, quase um sussurro, carregada de promessa.

Zoe sentiu o coração disparar. Cada palavra dele era uma faísca prestes a acender o fogo que ela mal conseguia controlar.

—O quê… testar? — murmurou, com um sorriso provocador, mas o corpo entregue à tensão que crescia a cada instante.

Ele deu um passo lateral, aproximando-se do rosto dela, tão perto que Zoe podia sentir a respiração dele.

—Acho que você vai descobrir… cedo ou tarde. — E, como se quisesse torturá-la, afastou-se suavemente, mantendo a distância mínima para provocar, mas sem ultrapassar limites.

Zoe respirou fundo, tentando recuperar o controle, mas a adrenalina corria solta pelo corpo. Um sorriso malicioso surgiu em seus lábios:

—Então… estou ansiosa para isso, Siros.

Ele apenas a observou, o olhar intenso e penetrante, sem precisar responder. O silêncio entre eles falava mais do que qualquer palavra.

Sem expressão, Siros passa a mão na barba por fazer e entrega um envelope respondendo sério demais, como de costume.

-O Alfa pediu que entregasse esses ingressos para vocês. Teremos uma turnê em alguns dias.

A voz grave reverbera pelo corpo de Zoe a fazendo sentir arrepios deliciosos como sempre.

-Turnê? Que massa!

Zoe comenta animada e feliz por todos, antes do sorriso dela murchar ao olhar a data no ingresso.

-Meus pais estão se preparando para celebrar o yule, não acho que eles vão.

Ela conta cabisbaixa o fazendo questionar confuso.

-Yule?

-É nossa celebração de natal.

Ela sorri suavemente enquanto conta.

-Compreendo. E os demais?

Nesse momento sua irmã Lua chega e arregala os olhos ao vê-lo na sala da casa de seus pais.

-Oh, Siros. Algo errado?

Siros faz uma leve reverência para a ruiva, pois sua irmã mais velha era a sua Luna.

E como de costume ele tinha algumas expressões que só dirigia para um grupo específico.

Como seu alfa, sua Luna, seu companheiro ômega e seus fãs.

O olhar de Siros suaviza.

-O alfa me pediu para que trouxesse esses ingressos. Teremos uma nova turnê.

-Nossa, que demais. E quando será?

Lua o questiona curiosa e Zoe conta angustiada.

-Será na época do yule.

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