Stella Willians
Meus pés se moveram antes mesmo que eu pensasse. Quando Brandon murmurou aquelas palavras — “é minha mãe” —, tudo ao meu redor se tornou ruído. Os talheres tilintando nas mesas vizinhas, as risadas abafadas, o som ambiente suave da música que ecoava, tudo foi engolido por um zumbido surdo nos meus ouvidos.
Eu precisava sair dali.
Levantei da cadeira dizendo que ia ao banheiro, mas nem sei se ele me ouviu. Meus passos estavam apressados, trôpegos, como se meus joelhos estivessem soltos, sem estrutura. Atravessei o salão elegante do restaurante ignorando os olhares e as luzes quentes, que pareciam ainda mais intensas sobre minha pele. Senti uma fina camada de suor nas palmas das mãos e uma pressão incômoda no centro do peito.
As portas do banheiro feminino se abriram à minha frente como uma miragem. Entrei. Encostei-me contra a parede de mármore bege e respirei fundo — ou ao menos tentei.
Mas o ar não vinha.
Minhas narinas puxavam, meus pulmões pediam, e nada parecia suf