POV: AIRYS
O rugido dele ecoou alto, misturado a um grunhido de dor. As veias escuras pulsaram em seu pescoço, o corpo se contorceu. Ele bateu as garras contra o chão, abrindo fendas, e um gemido baixo escapou dos meus lábios quando o tremor me fez vacilar.
— Eu não vou te deixar! — gritei, a voz embargada pelo choro. — Escute, Daimon! Você é meu, e eu sou sua! A maldição não vai nos separar!
— Presa… — ele rosnou ofegante, a saliva escorrendo pelos dentes, os olhos escurecidos me fitaram com fome. — Carne e sangue!
Meu peito se apertou. Diante de mim não estava apenas a fera da maldição, mas o meu companheiro, o meu Daimon, todo ferido e perdido dentro daquela sombra. Seu semblante era animalesco, mas por trás do terror ainda havia dor. Tanta dor que meu coração quase