POV: AIRYS
Em algum momento, adormeci sobre o peito largo e firme de Daimon. O som compassado de sua respiração e os ronronados que vibravam de seu tórax envolviam meu corpo em segurança, como uma melodia silenciosa que embriagava a alma. Seu aroma forte e inconfundível de terra molhada e cedro fresco impregnava o ar ao meu redor, aquecendo minha pele e relaxando até os músculos mais tensos.
Mas então… algo mudou.
Um sussurro distante cortou o silêncio da madrugada. Gélido. Profundo. Um arrepio severo percorreu minha espinha. Meu corpo se encolheu instintivamente, buscando refúgio no calor de Daimon. Mas os sons continuavam... sussurrando meu nome, como se o vento ganhasse voz e intenções próprias.
Arfei.
Abri os olhos lentamente, forçando a visão a se ajustar à penumbra que envolvia