Luiz estava tenso à mesa do almoço, os dedos tamborilando impacientemente sobre o cardápio de atividades do resort. Seus olhos corriam pelas opções de lazer, mas nada parecia atraente o suficiente para dissipar a irritação que sentia.

— Não tem nada divertido para fazer sozinho por aqui — resmungou, sem tirar os olhos da folha plastificada.

Isadora, que até então folheava uma revista de moda com tranquilidade, ergueu o olhar para ele.

— Por que você quer fazer algo sozinho, amor? Pensei que pudéssemos aproveitar a tarde juntos.

Ele largou o cardápio com um bufo, adotando aquele tom de vítima que Isadora já conhecia bem.

— Ah, claro. Como se você não estivesse passando cada minuto com a Úrsula. Mesmo nesta viagem, que deveria ser nossa, em casal. Vocês saíram juntas a manhã toda! — Havia um ressentimento forçado em sua voz, mas ele não parou por aí. — Já que você se ocupou com a sua irmã pela manhã, eu vou sair sozinho hoje à noite. Procurar um cassino, talvez. Algo para me distrair,