Dante avança pelo corredor do segundo andar com passos silenciosos, como uma sombra entre as paredes forradas de luxo.
A tensão se instala em cada fibra de seu corpo — os ombros rígidos, o maxilar travado, os olhos em alerta constante.
Ele tenta afastar o rosto da sua destinada, da forma como o encarou do palco, mas é inútil. Aqueles olhos... não o olharam com afeição, já que ela era sua destinada, deveria querer estar perto dele. Mas ela é apenas uma humana, então ele acredita que deva ser diferente.
Contudo, o olhar dela era de algum tipo de reconhecimento. Como se soubesse quem ele era exatamente. Como se o odiasse por isso.
Quem é você? — Se questiona mentalmente mais uma vez, sua própria voz ecoando em eco dentro de sua cabeça. — E por que diabos você me olhou como se eu merecesse morrer? Se sentiu rejeitada quando fugir?
Essas perguntas se repetem como um tambor surdo em sua mente, ocupando o espaço onde antes havia apenas estratégia.
As ordens de Olga eram simples: infiltra-se,