No dia seguinte ,a tensão no café da manhã era sufocante. Sofia mal tocava no pão à sua frente, sentindo o peso dos olhares. Ludmila, a tia, a encarava como quem observa uma mancha indesejada em um tecido fino. Tatiana, sua prima, se fingia de indiferente, mas a ponta dos lábios denunciava um sorriso discreto de satisfação. Irina, a noiva perfeita de Mikail, exibia um sorriso frio, calculado — o tipo que não precisava de palavras para dizer “você tomou meu lugar na empresa ,mas não tomara só lado do Mikail."
Mas foi o olhar de Mikail que cortou mais fundo. Não havia gritos nem acusações, apenas aquele olhar afiado como uma lâmina, carregado de uma mensagem silenciosa:" Você não me quis. Eu não preciso de você. Tenho quem me queira."
Quando ele anunciou, com a voz firme e controlada, que partiria para Nova York por alguns meses e que esperava que Sofia assumisse a presidência da mineradora, o choque fez seu estômago despencar.
— Eu? — a voz dela tremeu.
— Mas eu não sei nada sobr