Ergui-me, ficando de pé como um lobisomem, com garras afiadas prontas para rasgá-la ao meio.
- Criança, não seja ousada; não queremos matá-la ainda! - Os olhos da bruxa cintilaram com uma escuridão profunda. - Ainda não é a hora, não é mesmo? Venha conosco, seu destino a aguarda!
- Ir exatamente para onde? - Rosnei, enchendo minhas mãos de magia de luz. - O que quer dizer com "ainda não vão me matar"?
- Sempre foi tão curiosa, não é, Sophie? - A bruxa sorriu, revelando dentes podres, enquanto me encarava impaciente.
Baixei as mãos, percebendo um leve timbre de voz familiar em seu tom, a voz de minha mãe. Lembrei-me daquela experiência extracorpórea e da revelação que ela me trouxera.
- Mamãe? - Uma lágrima escorreu dos meus olhos ferozes, molhando minha pelagem facial. - É você mesma?
A bruxa ergueu ainda mais o queixo em minha direção, em uma pose desafiadora.
- Quem acha que sou, híbrida? - Ela perguntou com desdém, brincando com magia negra em seus dedos, seus olhos completamente n