EULÁLIA
Meu coração vacilou. O receio se instalou em mim, quase congelando meus lábios.
— O quê? — quis confirmar ter ouvido certo.
— Não, não é instrumento de desejo. Você jamais será um instrumento para mim ou para qualquer outra pessoa, ou lobo.
A confusão deu lugar ao entendimento quando as próximas palavras saíram de sua boca.
— Você é a única que eu sempre desejo. E não é instrumento.
Respirei aliviada. No entanto, suas ações pareciam tão contrárias, pois ele se afastou.
Gemi, descontente, em resposta, provocando um leve divertimento nele.
“Está se divertindo com isso?”
— Preciso de um banho primeiro. Depois podemos ter essa conversa. — disse ele.
— Que conversa? — Fiquei emburrada, me levantando primeiro, apenas para me colocar entre suas pernas.
Wulfric não disse nada. Era a minha vez.
— A conversa pode esperar para depois do banho.
Um leve sorriso apareceu enquanto ele me olhava de baixo: pouca diferença ainda, mas eu havia conseguido o olhar de cima desta v