Cap 36 Sequestrada.
EULÁLIA
Antes que eu caísse, ele pegou-me pela cintura e me imobilizou, uma mão em minha boca para abafar meus gritos.
— Perdão... — sussurrou no meu ouvido, o pesar quase sincero.
“Perdão para quem, seu idiota? Para quem pede isso?” Da minha boca só saíam resmungos incompreensíveis.
Tentei mordê-lo e lutei como pude, torcendo meu corpo, cravando as unhas em sua pele, mas Ciro parecia mais forte e obstinado que da última vez.
Carregou-me até a janela quebrada e pulou, me fazendo gritar, não apenas pelo medo da aterrissagem, também por ele ser louco o suficiente para me levar do castelo do Supremo.
O vento gelado da madrugada cortava minha pele, e o cheiro metálico de sangue impregnava o ar.
Eu nem sabia mais onde doía em mim, estava descalça a esta altura e tinha arranhões pelas costas, pernas, braços; assim como ele, que tinha até mesmo no pescoço e rosto.
"Não!" Gritei internamente, esperneando, me debatendo.
Ele me prendeu com toda força que tinha. Caímos, por um milagre,