O silêncio depois da minha confissão não parecia silêncio.
Parecia uma explosão muda, expandindo entre nós, enchendo o quarto minúsculo, esmagando cada molécula de ar.
Eu tinha acabado de dizer.
Estou grávida.
Minhas mãos tremiam.
Meu coração parecia que ia arrancar meu peito por dentro.
Eu esperava tudo — tudo — menos o que aconteceu.
Noah não gritou.
Não me acusou.
Não me olhou com raiva ou choque.
Ele simplesmente… exalou.
Como se, pela primeira vez em semanas, conseguisse respirar.
Por um instante eu achei que ele não tivesse entendido.
Ou que estivesse em choque demais para reagir.
Mas então ele deu dois passos até mim, lentos, firmes…
E colocou as mãos no meu rosto.
As mãos que eu conhecia desde criança.
As mãos que me deixaram louca semanas atrás.
As mãos que agora tremiam — não de raiva.
Mas de emoção.
— Ella… — sua voz saiu rouca, profunda, quase irreconhecível. — Meu Deus… você devia ter me contado antes.
Minhas lágrimas começaram a cair antes que eu pudesse impedir.
Eu desv