Após levantar o dinheiro no banco, Mônica pegou um táxi e chegou ao hospital em vinte minutos.
Ao entrar no quarto, encontrou sua mãe, Malena Botelho, com a perna engessada, deitada na cama. Sua irmã de pouco mais de vinte anos, Noêmia, estava no canto da sala, jogando e gritando a cada vitória no jogo.
— Mãe, o que aconteceu? — Mônica colocou as frutas na mesa, olhando com um semblante severo para Malena. — Como você acabou quebrando a perna?
Malena, um pouco temerosa pela preocupação de Mônica, respondeu de forma vaga:
— Foi um acidente enquanto estava limpando a casa. Não é nada sério.
— Não foi só um acidente de limpeza! — Noêmia interveio com um tom frio. — Ela estava fazendo um bico como faxineira e caiu enquanto limpava uma janela. Na hora, nem conseguia se levantar.
Mônica massageou a testa, frustrada:
— Mãe, não era melhor continuar como porteira na biblioteca? Por que você foi trabalhar para outros limpando?
Malena baixou a cabeça, sem coragem de responder.
Noêmia largou o ce