RODRIGO
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Nada fazia sentido pra mim. Sinceramente, eu achei que depois da noite que tivemos, depois do nosso reencontro, do meu pedido de perdão, de tudo o que falamos e sentimos, a Yanka fosse finalmente ficar comigo pra valer. Eu deixei isso claro. Eu não fui dúbio, não fui omisso. Eu me abri, escancarei meu coração como um idiota, achando que ela faria o mesmo. Mas, parecia que ela não queria o mesmo. Foi algo de momento então?
Talvez o fato dela evitar tocar no nome do Matheus já fosse um sinal. Medo? Culpa? Talvez. Talvez ela temesse revelar que gostava dele. Mas aí vinha o Pyter, minha mãe, me dizendo que os dois não estavam juntos, que ela estava sozinha desde a minha prisão. Então, por que diabos tanta conversa entre os dois? Sobre o que eles falavam, afinal?
A raiva me consumia, e controlar aquilo foi o mais difícil. Eu sentia a mão formigar, o maxila travar, o sangue subir, mas eu me recusava a cair de novo na armadilha do descontrole.
Já era humilhação demais ter passad