Amélia
O restaurante que ele escolheu para jantar não era o que ela esperava. Imaginou que ele escolheria um clássico restaurante francês, mas não foi assim.
O táxi os deixou no Soho. Ele a levou para um edifício antigo, mas que tinha um ar vintage no térreo. A fachada anunciava um tradicional restaurante italiano.
A mesa escolhida fica perto da janela. Amelia podia ver o trânsito, a rua molhada e as pessoas conversavam sorrindo entre si. A toalha da mesa era xadrez vermelho e branco, e o arranjo eram flores do campo semelhantes a margaridas.
O cheiro das massas, queijo e molho despertou a fome. O estômago roncou barulhento.
Ela olhou para Ícaro, envergonhada.
O riso dele provocou surpresa.
- No Giovanni”s todos sucumbem ao cheiro.
- Veio aqui muitas vezes? – ela perguntou, pegando a taça de vinho que acabou de ser servida.
- Sim. Meu pai costumava nos trazer aqui.
- É a primeira vez que fala da sua família.
- Não tem muito para dizer. – Os olhos prateados a enc