Fernando Vidal
A garota asiática que dançava para ele em cima da mesa, não passava dos quinze anos, essa era sua preferência. Ela rebolava vestida com uma roupa sensual preta, salto alto; uma indumentária preparada para ser igual a última vestimenta usada por sua esposinha. Por mais que a garota mexesse o corpo magro, não acabava com aquele tédio que ele sentia.
Ela não era a primeira putinha sem graça que foi levada até ele, na casa colonial afastada da propriedade principal. A terceira vadia desta noite, não tinha nada de diferente das outras.
Como essa piranha, todas as outras naquele mês e nos últimos anos, fracassaram miseravelmente em entrete-lo com sucesso.
Eram tão insignificantes que causavam náuseas assim que as penetrava. Mesmo que fossem intocadas, elas não eram dignas. Até mesmo os gritos pareciam fracos e sem o menor atrativo, fossem de prazer ou dor.
A falta daquela euforia experienciada com sua “esposa”, fez de Fernando um homem insatisfeito e impaciente.