Os pequenos passos para dentro do quarto de hotel a deixava insegura. Olhou ao redor tomando cuidado para não demonstrar insatisfação ao ter que deixar seus pais e o conforto da casa para seguir Ronny para o hotel apenas porque ele contou para o garoto e o encheu de esperanças de uma manhã maravilhosa com cavalos, e todos os tipos de doces que ele conseguia comer.Havia algumas caixas e sacolas por todo lugar, Ronny entrou no quarto também com a criança em seu colo, ambos muito animados e seguiram para a cozinha. O quarto era bem espaçoso com mais dois quartos separados com cozinha e sala. Luxo e conforto total, era apenas isso que Ronny podia oferecer.— Vou colocá-lo na cama, quer vir junto? – Ronny bradou carregando o menino pela casa. Clarisse sorriu com as risadas do filho, ele parecia tão feliz, tão animado, e queria que sua vida fosse o tempo todo assim.— Eu vou me trocar e dormir. – Deu um beijo na criança.— Essas sacolas são de roupas pra você, roupas lindas e caras, Dylan
A porta fechou atrás de si, seu coração estava despedaçado. Tateou o chão engatinhando até a porta do banheiro e subiu aos poucos se apoiando na pia e forçou seu corpo até chegar ao espelho. A marca em seu rosto estava evidente, passou a mão por ali e ainda formigava. Os cabelos dourados ao redor de seu rosto lhe deixava linda como uma jovem adolescente apaixonada, apaixonada por ninguém além do filho. Começou a chorar e até mesmo a lágrima que escorreu passando por cima da palma em seu rosto.Chorou mais apertando os olhos… Contudo, despertou quando escutou o som do celular ao longe. Virou para a porta e no primeiro passo que deu, quase caiu se apoiando na porta. Se apoiou nas paredes até a sala junto das sacolas chegando ao seu casaco na poltrona onde estava sentada.Até ali já tinha perdido a ligação, pensou em voltar para o quarto e apenas deitar, mas o celular tornou a tocar… podia ser sua mãe, pois ela foi a que inventou todas as desculpas para Ronny para que não fosse embora, m
Aquela manhã deveria ser perfeita. Acordou com Jasper em seus braços, o frio mínimo dentro do quarto lhe trazia conforto e felicidade ao mesmo tempo. O clima perfeito para continuar deitada ali e nunca mais levantar. Abriu os olhos novamente se atentando ao sol que entrava pelas janelas avisando a ela que já era outro dia. Rolou na cama com cuidado para não acordar a criança e sentou no colchão com muita dificuldade. O corpo inteiro estava dolorido da noite passada, nem se lembrava de como teve forças para correr até seu filho e o carregar no colo, uma vez que mal pôde falar com Vicent direito. Estava com tanta vergonha de mostrar-se daquela forma, tão frágil e machucada. O que será que ele irá fazer agora? Tinha pedido ajuda, e depois negou essa ajuda. Ele a olharia e a deixaria? Não, com certeza não porque ele disse que a amava… amava! Uma droga de amor dos homens daquela família, só pode.— Você acordou – Clarisse arrepiou dos pés a cabeça e virou aos poucos para o outro lado do
Quando o motorista parou no estacionamento não demorando muito para sair do mesmo e deixar o casal para trás, Clarisse sabia que iria escutar mais um pouco antes de ver a luz do dia. Jasper estava mais do que animado para correr dali, e de um jeito ou de outro, ela também queria sair.Não porque gostaria de sorrir para todos ao redor, mas porque ficar no mesmo lugar que aquele cara estava para lhe deixar louca. Sua voz arrepiava, o toque dele em seu ombro lhe causava nojo. O aturava muito bem quando estavam longe, sentava para as refeições e escutava ele falar, acatava suas ordens e seguia as regras dele para que não houvesse intriga ou briga entre os dois. Não havia ninguém que pudesse lhe aparar longe de casa, ninguém a quem podia pedir ajuda.Mas ali ela tinha seus pais, sua família, suas amizades e Vicent. Um sorriso se formou nos lábios enquanto Ronny contava algo ao seu filho e nem prestou atenção. A noite passada lhe deixou totalmente traumatizada, mas alguma coisa em seu peito
Desde que saiu do hotel deixando seu coração junto a Clarisse, meticulosamente o CEO estudou como poderia lhe ajudar, tendo em suas mãos a lista de advogados recém formados com grandes feitos. Ronny era um homem muito inteligente e iria notar na mesma hora se colocasse um dos advogados da empresa para trabalhar junto de si com algo misterioso, se ele tinha culpa no cartório, logo iria surtar.Assim que viu Clarisse no clube todo seu corpo entrou em choque, será que alguém tinha visto as marcas em seu rosto? E quando acordou? Ele tinha feito outra coisa com ela? Se aproximou junto de Rebecca e adorou seus olhos cheios de dúvidas quando os encontrou. Ele jamais iria atrás de outra mulher tendo ela tão perto.A deixou conversando com a mulher que iniciaria sua vida de solteira e seguiu para perto dos cavalos e não demorou muito para encontrar seu filho, no entanto, o que lhe deixou animado e abismado ao mesmo tempo, foi ver a criança que corria ao seu redor. Tinha um sorriso nele, uma lu
— Então, o que me diz? A pergunta séria vindo daquele homem não assustou a advogada que se acomodou melhor na cadeira. Se livrando de chapéus e jóias emprestadas por Vicent, não sabia da onde ele tinha tirado e preferia ficar assim.Desde que seu pai chegou em casa com a notícia de que o grande CEO Vicent Tornneght precisaria e seus serviços em secreto, achou que encontraria uma mulher grávida querendo tomar seu dinheiro, ou uma prostituta que estava louca para explanar para todos como ele era na cama, casos pequenos para qual foi procurada por muitos homens ricos naquela cidade, contudo, se deparou com algo muito sério, que chegava a doer sua cabeça.Jamais iria ficar do lado de uma pessoa infiel, mas convenhamos, se depois de tudo o homem perdoou, combinou com ela e aceitou o filho do outro, porque depois de tanto tempo passou a tratá-la mal? A tinha em sua posse, como se fosse uma propriedade, um objeto. A prendia em si com ameaças e chantagens como isso poderia ser saudável? Sab
Quando a porta do carro bateu, Rony colocou no rosto um sorriso de felicidade. Sua noite havia sido uma das mulheres e uma amanhã sensualmente agradável no banheiro como há muito não tinha com sua esposa. Clarisse era uma mulher incrível, seus beijos, se toque e na cama, especialmente na cama. Se apaixonou pela garota certa na faculdade e ninguém jamais iria tirá-la de si.Atravessou as portas da empresa com um sorriso grande, fazia tempo que não voltaria ali para conversar com seus amigos. Abandonou seu estágio no meio do caminho por conta de Vicent e não fez questão de manter contato com ninguém. Só queria saber da sua esposa e do filho que esperava. E ninguém iria lhe criticar por conta disso.Por sorte, no dia anterior junto aos cavalos, conseguiu alguém para sociedade da sua empresa, claro que tinha que agradecer ao pai porque ele ajudou. Querendo ou não a empresa de Valcolink ainda possuía o nome dele em 30%. Um saco!— Bom dia querido, Ronny – Dylan entregou ao garoto uma xícar
O sol daquela quarta-feira apenas ameaçou sair no horizonte, Valcolink era uma cidade fria e chuvosa, poucos foram os momentos que tiveram de um verdadeiro verão. E apesar de crescer junto ao calor massivo de sua cidade natal, acordar todos os dias com um amanhecer congelado, por assim dizer, se tornou ponto principal do dia. Aos poucos se afastou da janela de quarto admirando o corpo ainda dormindo na cama, ele poderia acordar sozinho, não teria problema passar direto para ir até o quarto de seu filho. O pequeno Jasper Tornnegth não acordava sozinho, mesmo que já estivesse acostumado com a aula cedo. Beijou seu rosto meigo até ver o garoto abrir os olhos revelando a cor clara e tão transparente que chegava a ser comparado com o vidro. Os próprios olhos de vidro a qual Clarisse sentia tanto orgulho. Seu filho era uma criação dos deuses, com certeza. — Bom dia meu querido. Já é hora de levantar. – Docemente o menino sentou na cama querendo chorar, mas acabou sendo levado pela mãe amo