Vários deles queriam fazer perguntas, mas Vitório prosseguiu, como se não os visse com as mãos levantadas.
- Os monstros raramente têm a aparência que esperamos. Alguns usam terno. Outros usam jaleco. Outros se infiltram como amigos, como confidentes, como “anjos da guarda”. E quando percebemos… já arrancaram a luz dos olhos de uma criança.
Nesse momento, uma repórter que esteve quieta esse tempo todo, ergue a mão.
— Sr. Darius, em suas palavras, os monstros se disfarçam de salvadores. O que exatamente quis dizer com isso? Está acusando alguém?
Yara Flores, a relações públicas da Acrópole, tenta intervir
— O Sr. Darius não responderá perguntas. Isso já foi esclarecido antes. Por favor, respeitem as regras desta coletiva.
Vitório acena sutilmente, reconsiderando sobre essa pergunta específica. Era essa a deixa que precisava.
— Estou falando de algo muito pessoal. – ele fez uma pausa olhando para todos eles.
Ticiano e Ícaro cochicharam às suas costas.
“O que ele está fazendo?!”
Mas