Astrid
Bettany Clintwood limpou o rosto ferido de Astrid com uma toalha úmida e morna. Em seu rosto, uma expressão de sincero pesar, algo que para a própria Astrid era repugnante.
Uma mera empregada, com pena da senhora da casa. Que coisa ridícula.
Apesar do nome, Bettany era uma brasileira, filha de uma paulista e uma americano falido, que viveu em Zurich a maior parte de sua vida, por isso seu sotaque era bem carregado, apesar de falar muito pouco. O pai dela trabalhava como motorista para os Andersen, e ela cresceu na propriedade e se tornou uma governanta moldada por Berna, a falecida esposa de Hans.
A lealdade da jovem empregada obviamente pertencia a família Andersen, porém havia algo que poderia usar a seu favor. A língua materna de Bethany. O português arrastado que ela falava, era mais do que suficiente para se comunicarem sem que Hans soubesse o que era dito, portanto, ela seria uma ótima ferramenta.
Pensando nesse aspecto, Astrid sempre foi simpática e cordial com Betta