O som dos passos de Otávio no piso de madeira polida, faziam Vitório querer sumir desse lugar. Ele sabia que precisava cumprir com aquilo que se propôs com o seu pai e sua família, e também com a Acrópole. Mas como faria isso se toda vez que se aproximava de Lucila, ele se comportava como um maldito desgraçado sem caráter, indecente?!
Não, isso não podia continuar.
Precisava estabelecer limites para sua luxúria. Para esse desejo traiçoeiro, para essa vontade absurdamente imperativa de tocar e beijar cada centímetro do corpo dela, de fazer Lucila se entregar para ele, como uma bela flor que se abria pela primeira vez.
A única forma de garantir isso era se afastar. Se afastar completamente daquela maldita tentação que a proximidade dela representava.
— Eu sei. Não vou te decepcionar, pai. — respondeu Vitório, encarando Otávio com seriedade. — E por isso mesmo, me sinto como um crápula com relação ao que aconteceu naquela noite. Ela merecia alguém melhor que eu.
Otávio o observou com a