O sol, um intruso atrevido, se infiltrou pela janela, banhando o quarto de Eric com uma claridade irritante. Um rugido de frustração escapou de sua garganta, mas o astro-rei não cedeu. Finalmente, com um suspiro de resignação, Eric despertou todos os seus sentidos e se levantou. O ritual matinal de se arrumar transcorreu no piloto automático, sua mente ainda ancorada na escuridão da noite anterior.
Ao sair do quarto, seus olhos se depararam com elas: as fotografias. Ainda estavam ali, no centro da mesinha de café, um lembrete mudo da traição. O sangue ferveu novamente. Ele as pegou com a mão trêmula, a raiva borbulhando em seu interior. Ele precisava queimá-las, reduzi-las a nada, assim como seu amor por Aitana havia se tornado cinzas.
Ele procurou um isqueiro e, perto de uma lixeira, observou como as imagens eram consumidas lentamente pelo fogo. O ardor que sentiu perto de sua mão não era apenas o calor das chamas; era a queimadura da traição, a ardência da mentira.
As provas do enga