Fico breves segundos imóvel, sem conseguir esboçar uma reação sequer. Afinal na minha frente estava novamente o homem que me estuprou por anos e matou minha gêmea.
— Não vai falar nada? — pergunta, com um sorriso irônico estampado naquele horrível rosto. — Você já foi mais falante.
— O que quer?
— Me certificar de que não serei denunciado.
Solto uma risada.
— Você só pode ser burro. — ele fecha o sorriso. — Se eu fosse denunciar você, já o teria feito.
— E por que não fez?
— Para que? Por mais que eu amasse minha irmã, como eu poderia provar tudo? Já não aconteceu? Já não estou aqui? Só desaparece.
— Isso é meio impossível. Estou devendo um dinheiro a um pessoal barra pesada e eles querem me matar.