— Pai doente? — ele repete, como se estivesse avaliando a veracidade da minha afirmação.
— Sim — confirmo, preparando-me para explicar mais, mas seu olhar feroz me interrompe antes que eu possa dizer mais alguma coisa.
—Vá para o seu quarto— ele ordena — e pare de dar em cima dos convidados! — a voz firme e intransigente.
—Eu não fiz nada. Ele que veio falar comigo.
Ele se inclina ligeiramente, os olhos fixos nos meus, e a intensidade de seu olhar me deixa sem palavras.
—Claro que veio. Você retirou a toca, e caminhou toda sedutora pela sala.
—Sedutora? Eu? —começo a rir de nervoso e seu olhar se aprofunda ainda mais no meu.
—Está tentando me provocar? Testar os meus limites?
Sinto um nó se formar na garganta. Sei que qualquer palavra equivocada pode piorar a situação, mas também sei que não posso simplesmente ceder.
—Não! Claro que não! Deixe-me explicar o que aconteceu. Eu estava feliz, realizada, pela missão cumprida. A prataria polida, a casa limpa, os vidros brilhando.... —ele en