O resto do dia ela passou na cama. Pulou todas as refeições, o estômago embrulhado e uma deprê do cacete. Não trocou de roupa quando veio da rua, puxou o edredom até o pescoço e chorou.
Chorou pela agressão física e emocional. Chorou, porque Jason era o seu amigo havia anos e, de repente, parecia ter se transformado num monstro. Chorou, se sentindo suja, beijada por um homem sujo, misógino e invejoso. Chorou, porque explodiu com Rafe, não foi racional nem madura. Agrediu-o gratuitamente. Quando ela entrou no elevador e pegou a mão de Jason, ela jogou o seu casamento pela janela. Rafe não a olhou com raiva, foi pior que isso, havia um misto de decepção e tristeza.
O quarto escureceu e foi assim que ela soube que a noite chegou. Enroscada no próprio corpo, em posição fetal, as pálpebras inchadas e os olhos ardendo de tanto chorar, acabou pegando no sono. O que foi ótimo, precisava descansar a cabeça.
Sentiu o peso de algo sobre o seu corpo que a imobilizou na cama. Abriu os olhos e quas