Rafe observou a movimentação de Sophia pelo escritório e considerou que ela não estava acordada.
Levantou-se de trás da escrivaninha e foi até ela quando a viu se deitar no chão. Ele sabia sobre o seu sonambulismo. Pilar contara sobre as inúmeras vezes que a pegara zanzando pela casa durante a madrugada. Ao ser acordada, ela não se lembrava de nada.
— Acorda, garota linda.
Ela se afastou dele e o fitou com olhos sonolentos, já desperta do sono.
— Quero ficar com você.
Ele sorriu e fez um carinho no rosto dela.
— Mas você está comigo.
— Não, não estou.
O que ela fez a seguir o encheu de uma esperança que não admitia nutrir. Ele nunca foi um camarada que se iludia facilmente.
Porém, o modo como ela o beijou foi apaixonado.
Quando enfim se separaram, ele teve a impressão de que subira a montanha sagrada de joelhos e vencera o desafio. No entanto, era provável que isso se devesse mais ao seu estado de espírito — de certa forma, fragilizado por estar tão próximo a ela, do que à realidade d