19. Visita inesperada
Maya Stone
Faço uma lista mental dos lugares onde ele me tocou.
Cada toque, cada suspiro, cada sussurro rouco do meu nome ecoa dentro de mim como uma marca invisível.
Eu ainda estava incrédula que aquilo havia acontecido.
Eu me entreguei.
Ao Alfa mais temido de toda a região.
As mãos dele estavam entrelaçadas em minha cintura enquanto eu observava o dia nascer pela janela.
A tempestade havia cessado, mas dentro de mim, tudo ainda era caos.
O silêncio entre nós estava pesado,quase como sufocante.
Não sabíamos o que dizer.
E talvez fosse melhor assim.
Ele se afastou primeiro, como se o toque do sol que atravessava as cortinas o incomodasse. Vestiu a calça em silêncio, os músculos das costas se movendo sob a pele marcada por cicatrizes antigas.
Observei suas tatuagens, sua mão forte e tatuada.
Por um instante, desejei ser uma daquelas cicatrizes — algo que ele não pudesse esquecer.
Então ele se virou, frio, distante. O mesmo olhar de sempre.
O olhar do Alfa Supremo.
— Vista-se, e