— Oi mãe! Que saudades!
Ela retribuiu meu abraço e se afastou, perscrutando meu rosto em busca de resposta para a interrogação em seu olhar.
— Até que enfim lembrou de mandar me buscar daquele fim de mundo.
Sorri, com o tom dramático dela.
Eram 08:00 horas da manhã e ela tinha acabado de chegar do abrigo que mantínhamos, afastado do centro da cidade, que servia de esconderijo para testemunhas ameaçadas.
— Pare com isso mãe, eu lembro sempre da senhora, mas não estava na hora ainda.
Ela olhou desconfiada para a garota sentada no sofá e falou baixinho:
— Quem é?
Puxei-a para a cozinha. Não queria falar da menina na frente dela.
— Irmã do Leonardo
Julieta Varela arqueou uma sobrancelha.
— Leonardo?
Estendi a xícara de café para ela.
— Sim mãe. Leonardo...meu marido, lembra?
— Marido que agora você vai se separar não é?
Virei as costas e lavei a xícara na pia.
— Alina?
Encarei minha mãe, séria.
— Eu... não vou me separar dele, eu...o amo.
Minha mãe arregalou os olhos.
— Ama? Ama como, Ali