POV OLÍVIA
- Ninguém neste mundo é meu amigo... Tudo que o senhor faz é para o meu bem... Preciso me sobressair nesta sociedade cada vez mais capitalista, onde quem manda é o dinheiro e não as relações. Eu sou o futuro da família Clifford. E não posso confiar em ninguém, nem mesmo nos meus irmãos. Sentimentos são as piores fraquezas de um homem!
Durante aqueles três dias que Gabe esteve no hospital, já era a segunda vez que falava aquela mesma frase, como se tivesse decorado com a alma.
Senti a lágrima morna escorrer pela minha bochecha e cair no dedo dele, exatamente na letra “O”, de “Olívia”, que ele havia tatuado no dedo anelar.
- Volta para mim... – Implorei – Eu achei que conseguiria ser forte, mas descobri que não consigo viver sem você, Gabe!
- Senhora Clifford, acabou o horário de visita. – A enfermeira disse, com o olhar pesaroso.
- Ele falou – expliquei – Ele falou uma frase inteira, com as palavras claras...
- Já observamos ele dizer algumas coisas, mas... É de forma involu