Assim que Jai chegou, todos ficaram olhando-o, sem entender nada. O jovem de cabelos castanhos, levemente desalinhados, que caíam em mechas sobre a testa tinha olhos de um tom profundo e pensativo, e eu conseguia ver dentro deles a melancolia. A pele clara contrastava com o leve rastro de barba que delineava seu rosto, dando-lhe um ar de maturidade.
Moveu-se até nós como alguém que carregava consigo o peso de um segredo, ainda assim caminhando com determinação, confiança a humildade.
Parou e me encarou, engolindo em seco. O sorriso fácil e sincero de sempre não apareceu e percebi o quanto ele evitava olhar para nosso pai.
- Precisamos de abrigo... Por pouco tempo. – Avisei.
- Ok! – foi pegando minhas malas e pondo no carro, enquanto os demais organizavam seus pertences no táxi que havíamos chamado.
Meu pai parou na frente dele e lhe ofereceu a mão:
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