Aquilo me deu um nó na garganta, fazendo meu coração errar a batida. Por mais que eu tentasse pôr na cabeça que meu pai era um herói, cada vez mais me convencia de que estava longe de ser.
- Eu... Fui atrás... Tentei encontrá-lo... Mas quando se entrega para adoção, os dados são sigilosos, não há como saber. – Justificou.
- Pouco me importo com isto, Ernest. Mesmo que você fosse atrás de mim, meus pais jamais o deixariam me levar. – Jai disse com firmeza.
- Eu não concordei... Juro que desde o início fiquei furioso com a decisão de Rosana... Mas não consegui convencê-la. Quando voltei a vê-la ela já tinha se livrado do bebê! – seus olhos se encheram de lágrimas – Eu sinto muito, Jai!
- Não sinta! – Jai sorriu – Não tê-los em minha vida foi a melhor coisa que me aconteceu. Mas não posso dizer o mesmo sobre minhas irmãs, que não tem culpa de nada.
- Como é fácil culpar quem está morto! – eu ri, com desdém, sem conseguir olhar para o meu pai – Aposto que Rosana também teria sua versão, a