Não há nada que eu possa fazer por você

Virei as costas e deparei-me com Rose. Passei por ela, fingindo não a ver. Eu não lhe devia explicações da minha vida, principalmente agora que sequer morava em sua casa. Quando quisesse saber notícias de meu pai perguntaria ao próprio hospital.

- Vai simplesmente virar as costas e nos deixar aqui? – Ela perguntou.

- Quer que eu faça o quê? – A encarei.

- Precisamos de dinheiro. Este hospital é horrível.

- Papai parece estar sendo bem atendido. O que mais de aparelhos poderiam colocar nele que não está utilizando aqui? – Minha voz embargou.

- Mal temos dinheiro para pagar esta espelunca, Olívia! Você precisa providenciar um lugar decente para o seu pai.

- Eu... Vou tentar.

- Não pode “tentar”. Precisa “fazer”.

- Como você soube o que aconteceu?

- Me ligaram do hospital. Quando cheguei ele já estava neste estado.

- Como sabe que bateram nele?

- Foi socorrido depois de ter apanhado covardemente de vários homens. O chutaram, socaram... O tornozelo direito está quebrado. Perdeu dois dente
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