capítulo 49

JADE

— Quer a chave? Então vem pegar.

A voz dele cortou o ar como uma provocação calculada.

Olhei pra Ravi. Depois, pro short dele.

A chave tava ali, escondida — ou melhor, enterrada — bem onde ele queria que minhas mãos fossem parar.

A tentação era real.

Mas eu não ia dar o gosto.

Se eu cedessem, ele ia achar que podia me dobrar sempre com um joguinho sujo. Que bastava mostrar um pouco de pele e eu virava bicho obediente.

Não sou assim. Nunca fui.

Me deitei de volta, virando as costas pra ele.

E ele riu.

Aquela risada baixa, cínica, que provoca sem piedade.

Só que eu não esperava o que veio em seguida.

Ele me puxou de um jeito firme, colando meu corpo no dele.

Senti.

Meu Deus, como eu senti.

O volume dele duro, pressionado contra meu bumbum.

A respiração dele quente na minha nuca.

A mão escorregando pelas minhas costas.

Meu corpo tremeu inteiro.

RAVI (no meu ouvido, rouco):

— Fiquei decepcionado com você, Jade. Só queria sentir sua mão quente no meu pau...

Mordi o travesseiro pra con
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