JADE
— Quer a chave? Então vem pegar.
A voz dele cortou o ar como uma provocação calculada.
Olhei pra Ravi. Depois, pro short dele.
A chave tava ali, escondida — ou melhor, enterrada — bem onde ele queria que minhas mãos fossem parar.
A tentação era real.
Mas eu não ia dar o gosto.
Se eu cedessem, ele ia achar que podia me dobrar sempre com um joguinho sujo. Que bastava mostrar um pouco de pele e eu virava bicho obediente.
Não sou assim. Nunca fui.
Me deitei de volta, virando as costas pra ele.
E ele riu.
Aquela risada baixa, cínica, que provoca sem piedade.
Só que eu não esperava o que veio em seguida.
Ele me puxou de um jeito firme, colando meu corpo no dele.
Senti.
Meu Deus, como eu senti.
O volume dele duro, pressionado contra meu bumbum.
A respiração dele quente na minha nuca.
A mão escorregando pelas minhas costas.
Meu corpo tremeu inteiro.
RAVI (no meu ouvido, rouco):
— Fiquei decepcionado com você, Jade. Só queria sentir sua mão quente no meu pau...
Mordi o travesseiro pra con