JADE
Eu nunca aprendi a nadar. Sempre achei que não ia precisar… até hoje.
Ser jogada naquela piscina, sentir a água gelada me engolir, o desespero subindo pela garganta… aquilo marcou meu corpo e minha cabeça de um jeito que eu não conseguia explicar. Meu coração ainda batia acelerado quando Ravi me tirou dali, no colo, com o rosto fechado, a raiva escorrendo dos olhos.
Não falei nada. Não conseguia. Só me deixei ser levada, o corpo tremendo, os pensamentos embolados. Ele me carregou até o quarto, me largou na cama e começou a tirar minha roupa molhada sem dizer uma palavra. Rápido, eficiente, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Mas eu sentia cada toque. Cada deslizar de tecido frio contra minha pele quente.
Fiquei só de lingerie, e o olhar dele pesou por um segundo antes de desviar. Ele virou pra sair.
E foi aí que, sem pensar demais, chamei:
Jade (seca, mas a voz firme): — Você tá ensopado também. Vem. Entra comigo na banheira.
Ele parou, a mão já na maçaneta. Ficou alguns