CAPÍTULO — Ravi Mandou Lembranças
ESTELA
O que parecia um encontro casual com um homem delicioso e misterioso virou um pesadelo em segundos. Eu estava prestes a entrar no carro quando senti um cheiro forte, enjoativo, invadir minhas narinas.
Tentei gritar, me debater, chutei o ar com todas as forças — mas não deu tempo. O mundo escureceu.
Quando acordei, tudo era escuridão e dor.
Minhas mãos estavam presas atrás da cadeira. Os tornozelos também. Uma venda nos olhos me impedia de ver onde estava. O chão era frio, e o silêncio doía nos ouvidos.
Senti o gosto metálico da angústia na garganta.
Estela (gritando): — SOCORRO! ME SOLTA, PELO AMOR DE DEUS! EU PAGO O QUE FOR! EU TENHO ADVOGADO!
Passos.
Lentos. Precisos. Cruéis.
Juninho (voz arrastada): — A princesa acordou… tá gritando bonito.
Estela (desesperada): — Se isso é por causa do meu irmão, eu não tenho nada a ver! Eu faço o que você quiser, só me solta! Por favor!
Tentei soar convincente, mas a tensão no ar só aumentava.
De repente,