JUNINHO
Recebi a ligação do Ravi no meio da madrugada. A voz dele? Fria, certeira. Não era desabafo. Era ordem.
Ravi (no telefone): — Quero a Estela. Aquela desgraçada jogou a Jade na piscina. Você já sabe o que fazer.
Foi só isso. Curto, direto, sem espaço pra discussão.
Eu não dormi mais. Fiquei sentado na beira da cama, com a arma sobre a mesa e a cabeça maquinando o plano. Quando o sol mal tinha dado as caras, já estava de pé, pronto. Deixei a Aziza dormindo, tranquei a casa e fui direto pra cobertura do Ravi.
Encontrei ele no escritório. Terno impecável, cigarro aceso, olhar de predador.
Ravi (entregando um envelope): — Aí estão os dados. Foto, endereço, rotina… tudo.
Peguei o envelope, abri, e vi o rosto dela. Linda, mimada, venenosa.
Juninho (sem piscar): — Quer que ela saiba que foi você?
Ravi: — Quero que ela SONHE comigo. Que acorde no meio da noite com medo de ouvir meu nome. Ninguém encosta na Jade e sai ileso.
Assenti, dobrando o papel devagar.
Juninho: — E os moleques qu