Eva Volaine
Assim que fechei a porta atrás de mim, fiquei sem fôlego ao perceber que, perto da janela, estava Marina Dunker, a princesa e esposa de Eros Dunker.
Seus olhos estavam vermelhos de raiva, o rosto contraído, e ela parecia ainda mais amarga do que antes. Suas roupas largas, calças soltas e camisa em tons de marrom e amarelo, e o cabelo bagunçado davam a impressão de que ela estava fora de si.
“Ah, não pode ser!” Disse ela com amargura “a cadela do meu marido.”
Ela deu um passo na minha direção, me olhando de cima a baixo.
“Desculpe” murmurei “não sabia que havia alguém aqui.”
“Agora você vê que tem” respondeu “alguém que te despreza com cada fibra do corpo.”
Engoli em seco; o clima estava pesado e tenso.
“Senhora Dunker, eu não fiz nada contra a senhora.”
Ela deu uma risada seca.
“Cadela cínica, você se envolveu com meu marido.”
“Não se iluda, sabemos que vocês não passam de um papel.”
Ela apertou a mandíbula, como se minhas palavras doessem, porque era verdade: eles eram a