O som suave da risada de Lucy encheu o quarto quando Selena a ergueu no colo, aninhando seu corpinho contra o peito. Luke, com seus olhos curiosos e atentos, já descansava nos braços de Lucian, observando tudo com a serenidade de quem parecia entender mais do que deveria para um bebê de dois anos.Selena se sentou na beirada da cama, afagando os cabelos da filha com delicadeza. Era em momentos como aquele que o mundo parecia parar, e tudo se resumia ao calor de sua família.— Eles estão crescendo tão rápido... — ela murmurou, sorrindo para Lucian.Lucian se aproximou e se sentou ao lado dela, encostando a bochecha no topo da cabeça de Selena.— Estão mesmo. E hoje, por algumas horas... você vai ter um tempinho só pra você. — Ele se afastou um pouco, o olhar carregando um brilho misterioso.— Como assim?— Tenho uma surpresa. — Seus olhos se fixaram nos dela. — E essa noite, os pequenos vão ficar com a Celeste e o Rylan. Eles ficaram felizes em cuidar deles.Selena arqueou uma sobrance
O "sim" ainda vibrava nos lábios de Selena quando Lucian a puxou para um beijo faminto, como se aquele simples som tivesse rompido qualquer controle que ele ainda tinha. Seus corpos se colaram, e o mundo ao redor desapareceu. Agora, só existia o calor — dele, dela — e o desejo pulsando entre os dois como um chamado primal.Lucian a conduziu até o quarto, as mãos não se separando das curvas dela nem por um instante. Assim que a porta se fechou atrás deles, ele a encostou ali mesmo, contra a madeira fria, o contraste fazendo Selena arfar.— Você tem ideia do que faz comigo? — ele murmurou contra o pescoço dela, a voz rouca e baixa como um trovão prestes a explodir.— Mostra pra mim... — ela sussurrou, cravando os dedos nos cabelos dele.Ele não precisou de mais incentivo. A boca dele desceu para o colo dela enquanto as mãos desfaziam o fecho do vestido com precisão e urgência. A peça deslizou por seu corpo como seda, revelando sua pele aos poucos, d
Selena descia lentamente os degraus da escada principal, sua mão entrelaçada à de Lucian. A luz da manhã filtrava pelas janelas do grande salão, iluminando os cabelos dourados dela como uma coroa natural. Lucian a observava com aquele sorriso que ela já começava a conhecer como exclusivo — reservado apenas para ela.Quando chegaram ao térreo, o som suave de risadas infantis os guiou até a sala da frente. Celeste estava sentada no chão, cercada por almofadas e brinquedos espalhados, enquanto Rylan equilibrava com cuidado uma das crianças nos ombros.— Bom dia, majestades sonolentos — brincou Celeste, levantando uma sobrancelha para a irmã. — Dormiram bem… ou nem dormiram?Selena corou imediatamente, dando um leve tapa no ombro da irmã.— Celeste!Lucian apenas riu, abraçando Selena pela cintura.— Se serve de consolo, a surpresa foi ideia minha.— Ah, nós sabemos — disse Rylan, pegando o bebê que tentava agarrar o cabelo
O salão estava voltando ao seu ritmo festivo após o breve susto, mas a energia não era mais a mesma. A presença do grupo recém-chegado pairava como uma nuvem escura sobre todos.Lucian se manteve em pé, a mão de Selena ainda entrelaçada à sua. Seus olhos estavam fixos na mulher que liderava o grupo.Alta, com cabelos longos e escuros presos em um coque elegante, seus olhos cinzentos varriam o salão como se tudo aquilo lhe pertencesse. Estava vestida com roupas finas demais para alguém que não havia sido convidada — como se soubesse que teria atenção.— Maedra... — disse Lucian, com um tom controlado, mas carregado de desprezo.A mulher sorriu de lado, como se o nome na boca do rei fosse uma melodia nostálgica.— Sobrinho — respondeu, com um leve aceno de cabeça. — Que cerimônia encantadora... embora um pouco simples para algo tão grandioso quanto a coroação de uma rainha.— Não me lembro de ter enviado um convite — rebateu Lucian
O silêncio preenchia os corredores da fortaleza, interrompido apenas pelo som suave do vento batendo nas janelas. Selena passou os dedos delicadamente pelos cabelos das duas pequenas figuras adormecidas em seus berços. A respiração tranquila dos bebês era quase melódica, e seu coração se enchia ao vê-los em paz.Lucian estava ao seu lado, observando os filhos com aquele olhar protetor que só Selena conhecia. Ele ajeitou o cobertor de uma das crianças antes de entrelaçar os dedos aos dela.— Vamos? — ele perguntou baixinho.Ela assentiu, dando um último beijo na testa dos pequenos.Já no quarto do casal, o calor da lareira iluminava suavemente as paredes de pedra. Selena se sentou na ponta da cama enquanto Lucian retirava a camisa, os músculos marcados pelas batalhas da vida ganhando tons dourados sob a luz. Mas sua expressão estava distante, pensativa.— Lucian... — ela chamou, a voz gentil, mas firme. — Quero saber sobre Maedra.
A quietude da noite no castelo era quase ilusória. Luke e Lucy dormiam serenos em seu berço duplo, um do lado do outro, os rostinhos calmos como se não pertencessem a um mundo repleto de ameaças. Selena ajeitava cuidadosamente a manta sobre os dois, os olhos marejando de ternura ao observar a filha segurar com delicadeza o dedo do irmão, mesmo dormindo.Lucian, encostado à porta do quarto, os observava com uma expressão protetora e inquieta. Desde que a conversa sobre Maedra havia acontecido, algo dentro dele permanecia em estado de alerta.— É loucura — disse Selena, sem se virar. — Pensar que há tanto mal rondando, quando tudo que há de mais puro está aqui, nesse quarto.Lucian aproximou-se e a abraçou pelas costas, apoiando o queixo em seu ombro.— É por isso que precisamos estar preparados.O celular vibrou no bolso de Lucian, quebrando o instante de paz. Era Helena. Ele franziu o cenho.— É sua mãe — murmurou. — Vou atender
Seis meses se passaram desde o último ataque. Nada. Nenhum movimento estranho, nenhuma presença maligna nos arredores do palácio, nenhuma investida nas fronteiras das alcatéias aliadas. A paz reinava… mas era uma paz inquieta, feita de silêncios longos demais e olhares que se perdiam na linha do horizonte esperando por algo. Sabíamos que o perigo ainda existia, apenas aguardando o momento certo.Vivíamos em constante vigilância. Guardas dobrados, reuniões semanais, relatórios das patrulhas, reforços enviados para cada alcatéia sob nosso domínio. Mesmo assim, a tensão era quase palpável dentro dos muros do castelo.Mas naquele dia, Lucian decidiu quebrar a rotina.— Vamos respirar um pouco — ele disse pela manhã, os olhos dourados suaves, quase esperançosos. — O jardim está florido. Já organizei com a equipe da cozinha. Quero um piquenique, Selena. Para nós. Para os pequenos. Para todos.— Todos? — levantei uma sobrancelha, desconfiada.—
Com a aproximação da grande reunião dos alfas, o castelo estava em constante movimento. Os corredores vibravam com passos apressados, ordens e preparativos. Era uma ocasião importante: em poucos dias, líderes de diversas alcatéias estariam sob o mesmo teto para discutir o futuro e, talvez, a realização do tradicional Baile de Companheiros.Selena caminhava lado a lado com Celeste e Luna pelos corredores em direção à ala das cozinhas. O som de panelas e vozes abafadas já podia ser ouvido à distância.— A chefe Dana vai querer nos matar com tanta mudança de última hora — murmurou Celeste, cruzando os braços.— Ela vai entender — respondeu Selena com um sorriso. — Precisamos ter tudo perfeito. Não são visitas comuns. São alfas e suas lunas. Eles estarão atentos a tudo.Ao entrarem na cozinha, o calor e o cheiro das especiarias as envolveram de imediato. Dana, a chefe de cozinha, estava coordenando uma equipe de pelo menos dez pessoas, todos concentrados.— Dana! — chamou Selena.A mulher