༺ Louren Smith ༻
Observei Carlos Eduardo um pouco estranho, como se tivesse encontrado algo lá fora de que não gostou. Perguntei se ele estava bem, afirmou que sim, tentando parecer despreocupado. Notei o presente em suas mãos.
— Quem mandou isso? — perguntei, apontando para o presente em suas mãos.
Ele olhou para mim, visivelmente sem jeito, e tentou disfarçar.
— Ninguém importante. Jogarei isso fora.
— Não, Carlos. Quero ver o que é e quem mandou. — Insisti, curiosa e um pouco desconfiada.
Ele suspirou fundo, resignado.
— Foi minha mãe.
Fiquei surpresa.
— Dona Caroline esteve no hospital?
Ele assentiu, um olhar misto de frustração e cansaço no rosto.
— Sim, ela queria ver o bebê e também conversar com você.
A surpresa me fez arquear as sobrancelhas.
— Eu não imaginava… — balancei a cabeça, ainda processando a informação. — Por que você quer jogar o presente fora?
— Eu não acho que você vai querer algo de uma mulher que só tentou prejudicá-la, mesmo que essa mulher seja minha mãe.
—