Vanessa fechou a porta do quarto, certificando-se de que ninguém poderia ouvi-la. Pegou o celular, discou um número já conhecido e esperou. Depois de alguns segundos, uma voz rouca atendeu do outro lado.
— Vanessa, o que você quer?
— Eu quero cancelar o serviço.
O homem ficou em silêncio por alguns instantes, claramente surpreso.
— Cancelar? Você tem ideia do que está pedindo? Nós não operamos assim. Um trabalho aceito é um trabalho feito.
Vanessa respirou fundo, mantendo o tom autoritário que sempre usava para se impor.
— Eu não estou pedindo, estou mandando. Você será pago por seu tempo, mas eu não quero que nada seja feito. Siga as instruções que estou dando e fim de papo.
O homem bufou do outro lado da linha, evidentemente insatisfeito.
— Você está brincando com fogo, Vanessa. Isso não é um jogo. Mas, por enquanto, vou aceitar. Que seja.
Ele desligou abruptamente, e Vanessa soltou um suspiro de alívio. Ela sabia que aquilo poderia causar problemas, mas preferiu não pensar nisso. P