Em casa, a situação não era muito diferente. As crianças, apesar de suas alegrias momentâneas com a escola, percebiam a tensão que pairava entre os adultos. Maria, a governanta, tentava distraí-las com jogos e histórias, mas elas não eram bobas. Notavam que Lucas estava cada vez mais distante, com Vanessa no hospital ele parecia outra pessoa, e que Laura estava sempre ausente, como se seu corpo estivesse ali, mas sua alma vagasse em outro lugar.
Laura, por sua vez, sentia o peso do mundo nos ombros. Sabia que precisava tomar uma decisão. Não podia continuar naquele limbo, presa a uma história que já não fazia mais sentido. Ela sabia o que queria, mas o passado ainda a prendia — especialmente o amor que sentia por um homem que, mesmo tentando mudar, parecia incapaz de se livrar do fardo das próprias escolhas.
Ela queria fazer o melhor por si e pelas crianças, mas sabia que isso exigiria coragem. E, nos últimos dias, essa coragem parecia cada vez mais escassa.
A mansão, que um dia fora