Comemos a sobremesa e como sempre, para as crianças era a melhor parte, elas ficavam animadas e tagarelava sem parar.
      Cristal limpava a boca de Sophia e me olhava de rabo de olhos de vez em quando.
       Dona Esther me olhava animada, enquanto auxiliava Antônio, esse se lambuzava, era comilão, mas era o xodó da vovó. Antônio tinha os olhos grandes e azuis como os meus, ela dizia que ele lembrava o meu pai.
      Depois da sobremesa fomos todos para a sala de estar. Dona Ester nos acompanhou sorridente. Ela disse sacudindo as mãos:
  — Depois eu tiro a mesa, não tem pressa! Temos visitas e somos educados!
       Cristal revirou os olhos enquanto nos acompanhava, saímos em fila, como soldadinhos!
       O grande sofá da sala nos comportou a todos muito bem. Cristal sentou-se junto com Filippo e Júnior, e minha mãe ficou perto de Sophia e Antônio. Eu fiquei numa extremidade com Marcello.
  — Essa casa é animada, hein? Eu também queria morar aqui!— ele brincou olhando para o