Alex entrou no carro e desabou. Baixou a cabeça no volante e chorou. Eu corri para o quarto chorando. Minha mãe veio atrás.
— Filha, o que houve? Vocês não se entenderam? Achei que…
Eu a interrompi.
— Eu não vou voltar, mãe, não vou!
Dona Esther veio sentar-se à beira da minha cama.
— Você não quer, filha, mas está sofrendo, e ele também, dá pra ver!
Eu controlei o choro e fui me acalmando. Sentei à beira da cama e comecei a falar:
— Já conversamos, mãe. Eu fui babá, fui mãe, esposa, agora vou ser um pouco eu mesma, entende?
— Você está perdida!— ela concluiu segurando minhas mãos.
Eu dei um longo suspiro.
— Eu sei, por isso preciso me encontrar.
Dona Esther também suspirou, resignada.
— Eu te coloquei nisso! Hoje você está aí, cheia de filhos, separada e infeliz por minha causa!
Eu sorri emocionada.
— Não pense mais nisso, só me ajude a levantar. Vou precisar muito do seu apoio para me encontrar, fazer o caminho de vol