A sala estava mergulhada em uma penumbra suave quando Dominic deu mais um passo para dentro, a porta se fechando atrás dele com um clique que ecoou como um alerta. Elena sentiu o coração acelerar, um frio quente ao mesmo tempo atravessando sua coluna.
Ele não parecia o bilionário impecável que havia saído horas antes — parecia um homem carregado por algo que estava prestes a transbordar.
— Dominic? — ela chamou, a voz mais baixa do que pretendia.
Os olhos dele, escuros e intensos, não a soltavam.
— Eu fiz algo hoje — começou, passando a mão pelos cabelos, num gesto raro de nervosismo. — Depois do jantar, eu simplesmente… saí. Sem me despedir de ninguém.
Elena franziu a testa.
— Por quê?
Dominic caminhou até metade da sala, parando a uma distância que era próxima demais para ser confortável, mas longe demais para ser íntima.
— Porque eu não conseguia parar de pensar em você.
O ar foi arrancado dos pulmões de Elena.
— Dominic…
— Não. — Ele ergueu a mão, firme, mas sem agressividade. — E