— Claro, senhor. — Ela se sentou à mesa da cozinha, olhando para mim com curiosidade e preocupação. — O que está acontecendo, senhor Phillippo? Você parece tão... diferente.
Me sentei de frente para ela e a fiquei encarando.
— Por que você insiste em me chamar de senhor? — Perguntei, e ela sorriu.
— Força do hábito. Mas me diga o que está acontecendo? — Ela perguntou e mesmo eu querendo contar as coisas para ela preferi deixar quieto por enquanto.
— Não se preocupe com isso, gostaria apenas que ficasse comigo.
— Claro, senhor. — Ela respondeu, me dando uma piscadela.
Passamos a próxima hora falando sobre trivialidades, coisas do cotidiano, e o turbilhão que havia se criado dentro de mim se acalmou.
— Obrigado por me ouvir, estava precisando disso.
— Você está muito sério, que tal dar umas boas gargalhadas? — Ela perguntou.
— E o que sugere?
— Me espere aqui que já volto.
Maria Laura pegou os seus saltos e saiu rapidamente. Um tempo depois, ela voltou, vasculhou os armários, fez pipoc