POV: LAUREN
Meu coração apertou, e eu soube que nada que eu dissesse agora faria com que essa dor desaparecesse completamente.
— Theo, não foi isso que eu quis dizer. — Tentei explicar, mas ele já estava se afastando.
Seu passo acelerado denunciava o peso do que havia ouvido.
— Está tudo bem, Fada. — Sua voz saiu embargada, os ombros encolhidos. — Meus pais também não me quiseram… Nem o tio Henry.
Senti um aperto no peito.
— Garotão! — Henry chamou, a voz firme, mas Theo já havia disparado pelo corredor, batendo a porta do quarto com força.
Um silêncio pesado tomou conta do ambiente.
Henry passou as mãos pelo rosto, os músculos do maxilar travados. Então, sem aviso, virou-se e socou o balcão da cozinha, a madeira vibrando com o impacto.
— Que droga! — Ele rosnou, a mandíbula travada.
Mordi o lábio por dentro, sentindo um nó se formar na garganta. O ambiente parecia sufocante.
Respirei fundo, forçando-me a manter a clareza. Passei as mãos pelos cabelos, tentando ignorar o olhar intenso