POV: HENRY
Ela apertou os próprios braços com força, e eu percebi o leve tremor nas mãos dela, sinal claro de que estava tentando se segurar.
— Não parece certo. — Ela me encarou. — De ter outro bebê... aqui em casa.
Fechei os olhos por um segundo, respirando fundo, forçando meu corpo a manter o controle, mesmo que a minha cabeça gritasse.
— Eu sei que você só quer proteger a minha filha... — A voz dela vacilou no meio, ficando mais baixa, mais frágil. — Que só quer que ela se sinta bem, que não sinta... que não se sinta sozinha.
Ela respirou fundo, e a pausa dela foi longa, pesada, como se estivesse escolhendo cada palavra com extremo cuidado.
— Mas eu... — Amelia engoliu seco, e os olhos dela marejaram, a respiração ficou mais curta — eu não acho que fazê-la cuidar do filho de outra pessoa... — apertou os lábios, balançando levemente a cabeça — seja o melhor caminho.
— Sinceramente, Sra. Amélia... — Minha voz saiu baixa, rouca, carregada de exaustão e frustração. Apertei a ponte do