Mundo ficciónIniciar sesiónO Silêncio das Imagens
Cheguei em casa com a alma em suspenso. O peso da notícia ainda reverberava em meus ouvidos como um sino quebrado, ecoando sem fim. O voo que partira de Boston para Sidney desaparecera no oceano, e o nome de Charlotte estava na lista de passageiros. Eu me recusava a aceitar. Algo estava errado. Algo não fazia sentido.Subi diretamente ao quarto, como se a resposta pudesse estar ali, entre o silêncio das paredes e o respirar sereno de Edmund. O bebê dormia tranquilo, sem imaginar que o mundo ao redor desabava em desordem. Aproximei-me do berço, passei a mão sobre o cobertor e perguntei ao vazio:— Charlotte, onde você está?Atrás de mim, ouvi passos leves. Era Betina, a babá, que vinha discretamente, como sempre fazia quando percebia minha inquietação. Olhei para ela, buscando qualquer sinal, qualquer informação que pudesse me tirar daquele labirinto.— Betina, — perguntei, a voz firme apesar da confusão em meu peito






