Capítulo 7
Fênix Souza
Meus lobos começaram a rosnar, inquietos, os olhos fixos na sombra atrás da árvore ancestral.
— Tem alguém ali — murmurou um deles em minha mente, com a voz grave que só eu conseguia entender.
Entrei rapidamente na cozinha, vesti minhas roupas de comando de sacerdotisa — o manto vermelho-escuro com bordados de prata que cintilavam como brasas vivas — e saí com passos firmes, o vento parecendo se curvar ao meu redor.
— Tragam o intruso até mim — ordenei, sem elevar a voz.
Eles partiram como flechas, silenciosos e letais.
Os lobos avançaram com ferocidade, os olhos brilhando como brasas acesas. A vegetação se agitou com o som de patas rápidas e rosnados baixos.
De trás da árvore, surgiu o intruso. Alto. Imponente.
Ele ergueu as mãos lentamente, em sinal de rendição, mas sem demonstrar medo — apenas uma calma estranha, quase provocadora.
Seus cabelos longos caíam pouco abaixo dos ombros, lisos como se o vento tivesse moldado cada fio. O rosto parecia esc