A madrugada estava fria, mas o cansaço não me impedia de sentir o calor familiar ao entrar na mansão. Depois de uma viagem longa e intensa, tudo o que eu queria era ver Aurora. Tomei um banho rápido para tirar a poeira e o cheiro de estrada do corpo, vestindo apenas uma calça de flanela. Mesmo exausto, meu corpo parecia ser movido por outra energia, algo que só ela despertava em mim.
Subi as escadas em silêncio, os pés descalços mal fazendo barulho no chão frio. Quando cheguei à porta do quarto dela, hesitei por um momento. Parte de mim queria deixar que ela continuasse descansando, mas a saudade era maior. Abri a porta devagar e a visão que encontrei fez meu coração disparar.
Aurora estava deitada, os cabelos espalhados sobre o travesseiro, a luz suav