Matteo entrou em casa com os ombros pesados, os músculos tensionados pela reunião desgastante com os turcos. A tensão da negociação ainda pulsava em suas veias, mas um pensamento o fazia relaxar.
“Aurora… preciso vê-la”
Subiu as escadas com passos apressados e foi direto ao quarto dela. Ao abrir a porta, seu coração deu um leve salto de ansiedade, mas logo se frustrou ao não encontrá-la ali. O quarto estava vazio, o lençol perfeitamente arrumado. Ele franziu o cenho, sentindo uma pontada de preocupação.
“Onde ela está?”
De repente, um pensamento passou pela sua mente e um sorriso involuntário surgiu em seus lábios. Ele seguiu o corredor, com o coração batendo mais rápido e ao empurrar a porta do próprio quarto, viu a cena que fez toda a exaustão se dissipar.
Lá estava ela, deitada na sua cama, abraçada ao travesseiro com força, como se ele fosse a própria âncora dela. Os longos cabelos negros se espalhavam pelo tecido branco, emoldurando seu rosto adormecido de um jeito quase poético.